sábado, 16 de outubro de 2010

Espera

Te esperei no envelope
ou no telefone.
Te esperei de manhã.

Esperei, esperei
e te esperei tanto
que até comprei um guarda-chuva...
para te esperar melhor.

O tempo passou,
o guarda-chuva cresceu
e eu me esqueci da espera.

Quando te vi, outro dia,
nem me lembrei da esperança
e te cumprimentei
como se fosse a primeira vez.

E como a primeira vez
me apaixonei de novo
e me pus a te esperar
como se tivesse sido feito para isso.

Amanhã vou comprar um guarda-chuva
que não cresça tanto.

2 comentários:

  1. poema perfeito, Sérgio. Sempre o recito nas aulas de literatura. Parabéns, perfeito.

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  2. Parabéns pelo belo poema que diz tudo que eu precisava dizer a alguém... mas só no ano que vem...

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